quinta-feira, 13 de outubro de 2011

COMUNHAO DA PALAVRA - OUTUBRO

Dom Sebastião Bandeira Coêlho

“NOVO MILÊNIO”“COMUNHÃO NA PALAVRA”, nº 166 – outubro de 2011

“Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (J0. 20,21)
Queridos diocesanos e diocesanas,

Logo no início do mês de outubro, estarei fazendo a minha segunda viagem para Alemanha. O programa elaborado com ajuda dos familiares de D. Reinaldo visa principalmente visitar as casas provinciais das diversas congregações que têm pessoas trabalhando em nossa Diocese e grupos que já vem colaborando com projetos sociais e religiosos de nossa Igreja. Para mim, é uma experiência missionária, pois vou partilhar a experiência de fé e de Igreja que vivemos, partilhar de “nossa pobreza”.

No final do mês, em São Mateus, teremos um momento forte de celebração, estudo bíblico e reflexão pastoral tendo como base a celebração dos 25 anos do Martírio do Pe. Mauricio Maraglio. Buscaremos ser solidários com tantas pessoas que foram vítimas da violência e nos preocuparemos também com aqueles que a praticaram.

Diante de todos estes acontecimentos, eu vos convido a ter sempre presente, neste mês, a frase bíblica que o papa Bento XVI escolheu para o dia mundial das Missões:
“Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (J0. 20,21)
A nossa missão tem como origem e modelo a missão de Jesus pelo Pai e como instrumento e garantia o dom do Espírito. Jesus é o grande missionário do Pai, que nos interpela na nossa ação missionária, fundamental para a continuação de sua obra. Como uma catequista falou “quem se apaixona por Jesus Cristo deve ser como um copo d água que transborda para saciar a sede dos outros”.

Recordemos que nas nossas Diretrizes da Ação Evangelizadora, escolhemos como primeira urgência “uma Igreja em estado permanente de missão”. Nesta época, a “missão assume um rosto próprio, com pelo menos três características: urgência, amplitude e inclusão” (DGAE 31). É urgente, pois estamos em uma mudança de época e não se pode chegar tarde demais para apresentar os valores do evangelho. Tem uma amplitude universal, pois em todos os lugares e situações há sempre a necessidade do anúncio da boa nova de Jesus, mesmo entre aqueles que já se consideram discípulos-missionários. É inclusiva, porque visa suscitar em cada batizado e em cada organização eclesial, a consciência e a responsabilidade de ser missionário. A missão empenha todos, tudo e sempre.
“Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (J0. 20,21)
Missão é sair...
De uma Igreja somente voltada para si mesma, para uma Igreja preocupada com o Reino;
De uma Igreja cansada, onde poucos assumem, para uma Igreja ministerial e alegre.

De uma Igreja que lamenta falta de recursos, para uma igreja criativa e solidária com as outras, que passam situações difíceis.

De uma Igreja que espera, para uma que visita as pessoas, comunidades e pastorais.
De uma Igreja pedra de tropeço, para uma Igreja que testemunha até com o sacrifício da própria vida.
A “quê” e “como” Jesus está enviando você e sua comunidade, neste momento?
Em “comunhão e esperança” seu amigo,
D. Sebastião Bandeira